23.7.08

eu preciso

de uma vírgula

amiga



só pra me dizer que é necessário o que vem em seguida.
diga,
diga,
diga,

de toda tristeza que você traz,
se agora com sua ida,

sua dor junto a ele jaz.

16.7.08

nunca haveria de dizer um sim.
e se houvesse de concordar com algo, que fosse com um não.

tudo porque desconhecia o que era ser e poder
e ir e não voltar.

e quando finalmente estivesse morto, no caixão despachado,
alguém veria um sim a crescer entre as unhas roídas - agora roxas -
e então cortaria suas mãos para plantar num quintal bonito, de terra fértil e boa,
com fartura de água e sol generoso.