caiu.
e se você pudesse se abaixar e observar de perto
a gota no chão,
veria as ondas
que o vento, deslizando, moldava.
e talvez se levantasse
olhando as estrelas como se fosse a primeira vez,
por não esperar nada mais além de um céu negro.
a vontade de correr engoliria seus pés
até chegar à garganta um grito,
uma canção guardada.
talvez corresse para a praia,
talvez quisesse mergulhar os pés na água com sal,
talvez deitasse na areia.
e então olharia para as estrelas
e se sentiria como uma gota,
uma gota que ainda não caiu,
que o vento leva e tremula,
veloz,
correndo o mundo,
sem nunca evaporar.
Um comentário:
Selvagem.
(lindo)
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